Terremotos, furacões, atos de terrorismo… sob que olhar precismos ver os desastres que ocorrem no mundo.
Desastres envolvendo desencarnes coletivos acontecem com frequência em nosso mundo de provas e expiações causando grande comoção e tristeza.
Para quem observa, um desastre pode trazer sentimentos de revolta e impotência diante da força da natureza (em caso de desastres naturais) ou da crueldade humana (em caso de guerras e crimes).
Qual seria a finalidade de tanto sofrimento e tantas mortes? O que podemos pensar ou fazer nessas situações?
O Espiritismo pode ser usado nesses momentos como uma ferramenta para fortalecer a nossa fé e acalmar nosso coração, pois quando olhamos além das nossas dúvidas e medos podemos perceber a presença constante de Deus que é sempre bom e nos reserva somente o bem.
Mesmo quando é difícil para nós compreendermos o que acontece ao nosso redor a fé nos lembra que a vida terrena é um momento passageiro de aprendizagem que nosso espírito eterno vivencia.
No Livro dos Espíritos o capítulo 6 “Leis da Destruição” responde algumas questões em relação ao desencarne coletivo e aos grandes males que acometem nossa vida terrena:
“737: Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?
Para fazê-la progredir mais depressa. A destruição é uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento.
Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam.
Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.
(…) Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos.”
A essência da prática espiritual consiste em entender a eternidade do espírito, o equilíbrio do Universo e a bondade Divina.
Entender que um grande desastre é uma possibilidade de crescimento e aprimoramento para inúmeros espíritos não necessariamente torna o acontecimento menos doloroso e pesaroso.
O que fazer então? Sabemos por meio da leitura do Evangelho e do Livro dos Espíritos que existem espíritos protetores que nos assistem e auxiliam.
Em meio a grandes catástrofes, bons espíritos se unem em auxilio aos que sofrem e aos que desencarnam. Orar e enviar boas energias aos sofredores e aos auxiliadores é um ato de ajuda, de amor e de caridade.
Que a oração e o envio de boas energias nos acalante também diante do mal, assim como a certeza de que toda dor é temporária e a bondade divina é certa.
Oração pelos Aflitos
Meu Deus de infinita bondade, dignai-vos abrandar a amargura da situação de …, se assim for da Vossa vontade! Bons Espíritos, em nome de Deus Todo-Poderoso eu vos peço assistência para as suas aflições. Se, no seu próprio benefício, elas não podem ser diminuídas, fazei-lhe compreender que elas são necessárias ao seu adiantamento. Dai-lhe a confiança em Deus e no futuro, que as tornará menos amargas. Dai-lhe também a força de não sucumbir ao desespero, o que lhe faria perder os benefícios e tornaria a sua situação futura ainda mais penosa. Revertei o meu pensamento para ele, e que assim eu possa ajudá-lo a sustentar a coragem necessária.